Futuro empreendedor brasileiro investirá em comércio e serviços, aponta pesquisa

qui, 27 de novembro de 2014 • 09:10 • Economia

Entre os futuros empreendedores brasileiros, 40% pretendem investir em comércio. Outros 40% devem investir em serviços. É o que indica uma pesquisa do Ibope Conecta encomendada pela RSA Seguros.
 
O levantamento foi realizado com 1.000 brasileiros que já têm um negócio (49%), que pretendem ter (45%) ou que já tiveram um empreendimento (6%).
 
O estudo também indicou que o empreendedor brasileiro médio é homem (55%), tem, em média, 37 anos, pertence a classe B (62%) e está na região Sudeste (61%).
 
Dentre os que já possuem o próprio negócio, a maior parte (45%) empreende no setor de serviços. Além disso, 82% desses empreendimentos são microempresas.
 
"Entre os interessados em empreender, 23% pretendem dar um passo a frente e abrir pequenas empresas", explica Laura Castelnau, da Conecta. Outros 72% deverão investir em microempresas.
 
Segundo o estudo, a gestão das micro e pequenas empresas brasileiras ainda é bastante centralizada: 78% dos atuais, 82% dos futuros e 8% dos ex empreendedores administram sua própria empresa.
 
A maioria deles (32%) vê no empreendedorismo uma maneira de administrar seu próprio tempo. Outros 29% empreendem para serem seus próprios chefes, e outros 29% vêem no empreendimento um sonho.
 
Na busca de informações para abrir um negócio, 72% buscou informações na internet. "Entre os futuros empreendedores, 57% dizem que querem buscar uma consultoria especializada. Mas na prática, vemos outra coisa: 47% dos atuais empreendedores buscaram informações sozinhos", diz Laura. Apenas 22% deles buscaram um consultor.
 
Apenas metade dos donos de negócios próprios realizaram algum curso voltado para a gestão de negócios. "Nos questionamos se isso é falta de interesse ou de informação, porque sabemos que existem cursos para isso", diz Laura.
 
Pequenas empresas estão menos otimistas e devem reduzir expansão e salários
 
Pesquisa de outra seguradora, a Zurich Seguros, mostra que além de serem campeãs em queda de expectativa (21,9% em 12 meses), as pequenas e médias brasileiras apontam a pior perspectiva mundial de crescimento (27,5%, ante 18% da média global).
 
Em 2013, 16% das empresas de vários países pesquisadas afirmaram: Este índice passou para 18% nos resultados de 2014.
 
No Brasil, em 2013, 5,6% dos pequenos e médios empresários relataram que, atualmente, não preveem nenhuma oportunidade para suas empresas. Já em 2014 este item foi assinalado por 27,5% deles.
 
Além disso, enquanto em 2013 a expansão das atividades da empresa era apontada como ação prioritária para 32% delas, em 2014 este índice foi reduzido para 27,5%. Também foi reduzida a diversificação de produtos (de 34,4% para 26,5%).
 
De 2013 para 2014, mais que duplicou o número de pequenas e médias empresas brasileiras que consideraram baixar os salários (de 4,4% para 10%).
 
A Zurich ouviu altos executivos de 200 pequenas e médias empresas de diferentes setores.
 
Fonte: Portal IG - www.ig.com.br

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