Festival Nacional reúne a nata das cachaças especiais em Leme durante a Semana Seu Geraldo

qui, 30 de outubro de 2014 • 14:19 • Geral

Além de boa música e shows de qualidade, a IV Semana Seu Geraldo teve uma grande novidade em 2014. Trata-se da 1ª edição em Leme do Festival Nacional de Cachaças Especiais, 9ª edição do evento que reuniu a nata da bebida no município. O festival foi realizado na última quinta-feira (23), na Choperia Zero Grau, com participação de sete cachaças novas e sete envelhecidas.
 
Segundo o organizador Luiz Carlos Seixas, participaram do concurso apenas cachaças vencedoras ou bem colocadas em outros eventos. “O festival serve para divulgar a qualidade das cachaças artesanais, difundir critérios de análise sensorial propostos pela literatura do gênero a ajudar a formar um público consciente e mais exigente em relação à bebida, para que ele não se torne vítima de propagandas e modismos. Além disso, também ajuda o consumidor a economizar em futuras compras. Na edição lemense do festival, foram degustadas apenas cachaças de alta qualidade, que podemos chamar de excepcionais”, explica Seixas.  
 
Uma comissão formada por 18 jurados deu notas de acordo com os seguintes critérios: 0 a 1 para avaliação visual (uniformidade cromática, limpidez, brilho e viscosidade), 0 a 3 para avaliação olfativa (aroma sedutor predominante de cana/bagaço, remissão ao melado, rapadura e equilíbrio) e 0 a 6 para avaliação gustativa (ardência agradável, textura suave e consistente, retrogosto, maciez, boa acidez e tempero sutil da madeira).
 
 
Cachaças novas
 
Entre as cachaças novas, a vencedora, com 147 de 180 pontos possíveis, foi a Coqueiro, de Paraty (RJ), que é produzida há sete gerações pela família Mello. Foi a única representante da cidade carioca que é uma histórica produtora de cachaça. Em 2º lugar, ficou a Pirenopolina, de Pirenópolis (GO), que empatou em pontos, 126, com a cachaça Mato Dentro, de São Luiz do Paraitinga (SP), 3ª colocada pelos critérios de desempate.
 
Na categoria novas, ainda merecem destaque a cachaça Século XVIII, produzida por descendentes de Tiradentes no alambique mais antigo em atividade no Brasil, na cidade de Cel. Xavier Chaves (MG); a cachaça Dona Branca, do município de Papagaio (MG); a Armazém Vieira – série Turmalina, de Florianópolis (SC), que representou a região Sul; e a cachaça Patrimônio, de Santa Cruz da Conceição (SP), que representou a região de Leme. 
 
 
Cachaças envelhecidas
 
Entre as cachaças envelhecidas, a ganhadora foi a Velha Januária, de Januária (MG), com 131 pontos. A cidade é uma tradicional produtora de cachaças envelhecidas em toneis de umburana, com alta graduação alcoólica (48º). Em 2º lugar, apenas um ponto atrás, ficou a cachaça do Beppe, produzida pelo lemense Marcel Arle na cidade mineira de Bueno Brandão. Na 3ª colocação, com 129 pontos, ficou a Tabaroa, de Prados (MG), empatada com a Ginga da Terra, de Leme (SP), mas vencedora pela nota do presidente do júri (critério de desempate).
 
Em 5º lugar, com 128 pontos, ficou a Engenho São Luiz, de Lençóis Paulista (SP), a preferida pelos integrantes da imprensa lemense, que acompanharam o concurso e fizeram uma avaliação paralela ao júri. Vale notar que houve diferença de apenas um ponto entre as cinco primeiras colocadas nesta categoria. Menções honrosas para a Maria Boa, de Natal (RN), representante do Nordeste, e para a Havaninha, de Salinas (MG), lançada este ano pelo filho do lendário Anízio Santiago.
 
 
Premiações
 
As três primeiras de cada categoria receberam um diploma assinado pelo auditor Gilberto Zachi, presidente do Instituto Seu Geraldo; pelo organizador Luiz Carlos Seixas; e pelo presidente do júri, Maurício Carrilho. “Este foi um evento especial, que fizemos questão de trazer para Leme durante a IV Semana Seu Geraldo de Música. Como o festival foi bem aceito pelo público e deu ainda mais abrangência ao evento musical, nossa ideia é torná-lo uma presença constante em nosso município”, finaliza o presidente do Instituto Seu Geraldo, Gilberto “Giba” Zachi.
 
Fonte: Daniel Cunha/Secom

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