Coleta de sangue de fevereiro arrecadou 56 bolsas

ter, 25 de fevereiro de 2014 • 22:51 • Saúde

A Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Unicamp, realizou na última quarta-feira (19), no Clube da Terceira Idade, a coleta de sangue do mês de fevereiro. O trabalho visa suprir a demanda de abastecimento de sangue no município. A coleta contou com a presença de 72 candidatos, responsáveis pela arrecadação de 56 bolsas.
 
Dos 72 participantes, 16 foram considerados inaptos e 13 doaram sangue pela primeira vez, o que é fundamental para o incremento do banco de doadores da Secretaria de Saúde. Houve também 11 cadastros para doação de medula óssea. As bolsas seguem para o Hemocentro de Campinas e para o Hemonúcleo de Piracicaba, que fornecem todo o sangue utilizado em cirurgias e transfusões.
 
A próxima coleta será realizada no dia 12 de março, das 9h às 12h, novamente no Clube da Terceira Idade. A capacidade de atendimento disponibilizada pela Unicamp é de 120 candidatos. Vale salientar que a Secretaria Municipal de Saúde tem a certificação “Amigos da Doação de Sangue”, recebida da Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto, que reconhece Leme como uma cidade comprometida com a cultura de doação de sangue. O Governo de Leme agradece a todos os participantes e convida a população para continuar contribuindo com este importante trabalho.
  
Fonte: Daniel Cunha/Secom
 
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Por Denise Mello
  
O sangue funciona como um transportador de substâncias de extrema importância para o funcionamento do corpo. Além disso, quase toda a defesa do organismo está concentrada nele. É um tecido de extrema importância para o funcionamento da máquina humana e não pode ser substituído por nenhum outro líquido. Por este motivo a doação é tão importante.
 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o percentual ideal de doadores para um país esteja entre 3,5% e 5% de sua população. No Brasil esse número é preocupante, pois não chega a 2%. Esta quantidade, ainda sofre uma queda alarmante durante o inverno e as férias, períodos em quem os hemocentros são praticamente obrigados a operar com menos que o mínimo necessário. Ainda, complementando alguns dados estatísticos, o Ministério da Saúde divulga que os homens são responsáveis por mais de 70% das doações no Brasil e os jovens de 18 a 29 anos, correspondem a 50% dos doadores.
 
Levando em conta todos esses números, a VivaSaúde procurou a Fundação Pró-Sangue, maior hemocentro da América Latina, para obter orientações e esclarecimentos de dúvidas, que podem ser suas.
 
Alguns mitos levantados por pessoas sem a devida instrução têm colaborado para que os hemocentros recebam menos doadores. Entre eles estão:
 
- Quem doa sangue uma vez tem que continuar doando pelo resto da vida;
- A doação "engrossa" o sangue, entupindo as veias;
- A doação faz o sangue "afinar", "virar água", provocando anemia;
- Doar sangue engorda;
- Doar sangue emagrece;
- Doar sangue vicia;
- Mulheres menstruadas não podem doar sangue;
- "Posso ficar sem sangue suficiente";
- Os doadores correm risco de contaminação.
 
Segundo Vânia de Oliveira, da Fundação Pró-Sangue, o doador não corre nenhum dos riscos citados acima. "A reposição do plasma leva 24 horas e os glóbulos vermelhos se reproduzem em quatro semanas. Entretanto, para o organismo atingir o mesmo nível de ferro que apresentava antes da doação, são necessários de 40 a 60 dias para os homens e de 50 a 90 dias para as mulheres. Todas as exigências de higiene são seguidas a risca para que o voluntário, o receptor e a equipe não corram risco de contaminação", acrescenta.
 
O voluntário passa por três etapas antes que o sangue seja retirado. A primeira consiste no cadastro de dados pessoais, em seguida é feita uma triagem clínica que inclui um questionário sobre a saúde da pessoa, um teste de anemia, a verificação da pressão arterial e o peso do doador. A terceira etapa consiste no que a equipe do hemocentro chama de Voto de Auto Exclusão, nessa fase o candidato tem a oportunidade de dizer se tem comportamento de risco para Aids. Sua identidade é preservada, pois a bolsa é identificada por meio de um código de barras. Se a resposta for SIM, ele fará a doação, o sangue passará por todos os testes e, mesmo que os resultados forem negativos, a bolsa será desprezada. Caso a resposta seja NÃO, a bolsa só será utilizada se todos os exames apresentarem resultados negativos.
 
Para ser um doador, a pessoa deve pesar no mínimo 50 kg, estar munida de um documento com foto, além de ter entre 18 e 65 anos de idade e estar devidamente descansado e alimentado. Atendendo aos requisitos físicos e de saúde, você pode ser um doador. Procure um hemocentro próximo a você e pratique esse ato de vida!
 
Fonte: www.revistavivasaude.uol.com.br

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